«A questão da origem pós-pascal da Igreja e da sua relação à obra histórica de Jesus é completamente análoga à da origem e desenvolvimento pós-pascal da confissão de Jesus como Cristo, e da relação desta fé pascal ao que foram realmente a identidade e a obra de Jesus de Nazaré. Nos dois casos (fé cristã e Igreja) estamos em presença duma realidade fundada sobre o acontecimento novo da Páscoa, e somos conduzidos a pôr a questão do seu enraizamento na pessoa e na obra histórica de Jesus.»
(Hoffmann, p. 87, nota 3)
Jesus fundou a Igreja. se pela sua vida e pregação Jesus anunciou o Reino de Deus, ao assumir esse legado a Igreja torna-se o novo veículo desse anúncio e não o Reino em si, pois a Igreja é povo de Deus e não o povo de Deus, é povo de Deus que está no Reino de Deus para servir todo o povo de Deus. a vida e obra de Jesus são os elementos que estão no fundamento da Igreja, é desta forma que podemos interpretar Jesus como fundador da Igreja e não como um fundador de qualidade jurídica ou burocrática, aliás nem a Igreja iniciou o seu desenvolvimento com esse sentido, mas como um movimento de resposta à Páscoa de Cristo que foi o originário momento eucarístico, a concretização da vida de Jesus, toda ela dedicada à demonstração do Reino de Deus. a morte e ressurreição de Cristo não é um acidente de percurso ou um acaso que podia não ter acontecido, mas um acontecimento que é pertença exclusiva da Revelação de Deus, é dom do Espírito. a partir desse momento inaugural, que por sua vez tem o seu fundamento na própria vida de Jesus, a Igreja como a entendemos começou a desenvolver-se [principalmente após o martírio de Estevão – em Lucas é a partir deste momento que o termo “’ekklesía” passa a ser utilizado com frequência].
o desenvolvimento da Igreja dá-se num processo de inter-relação com o exterior, numa evolução que sempre foi como um pulsar dinâmico, como se a própria acção em si tivesse vida própria, pois a Igreja é dom do Espírito Santo. aliás todos os conflitos e problemas que surgiram durante a vida da Igreja serão uma ilustração dessa dinâmica viva que é resultado da inspiração e fé no Espírito Santo e em Jesus Cristo, Filho de Deus Pai. o desenvolvimento da Igreja é um processo lento e, como foi referido, conflituoso [por exemplo, a questão da universalidade do cristianismo, que no seu início foi motivo de algum desconforto entre Paulo e Pedro ou mesmo na separação inicial entre a Igreja de Antioquia e a Igreja de Jerusalém], sendo que, é na própria pessoa de Jesus, na sua interpretação, que se encontrou sempre resolução para os problemas que foram surgindo nesse processo evolutivo. o próprio nome do Senhor é chave hermenêutica da origem da Igreja, pois se na sua vida encontramos o pão e vinho que alimenta a vida de comunhão eclesial, é no momento que se torna Cristo que esse alimento se torna eucarístico. é assim que se inicia o cristianismo, Jesus podia ter negado ser o Cristo para se salvar, mas o seu compromisso com a verdade e com a certeza da sua intimidade com o Pai, levou-O a abraçar a cruz. é pelo testemunho da Paixão que se fundou a Igreja e que esta se revela testemunha da Verdade, não por uma estratégia habilidosa ou política – a vitória da Igreja realizou-se sempre naqueles que sofreram pela verdade, nunca os que se acomodaram às circunstâncias para obter êxito ou tranquilidade - a mensagem da Igreja tornou-se digna de fé devido aos que por ela sofreram, à imagem do seu Senhor na Páscoa.
(Hoffmann, p. 87, nota 3)
Jesus fundou a Igreja. se pela sua vida e pregação Jesus anunciou o Reino de Deus, ao assumir esse legado a Igreja torna-se o novo veículo desse anúncio e não o Reino em si, pois a Igreja é povo de Deus e não o povo de Deus, é povo de Deus que está no Reino de Deus para servir todo o povo de Deus. a vida e obra de Jesus são os elementos que estão no fundamento da Igreja, é desta forma que podemos interpretar Jesus como fundador da Igreja e não como um fundador de qualidade jurídica ou burocrática, aliás nem a Igreja iniciou o seu desenvolvimento com esse sentido, mas como um movimento de resposta à Páscoa de Cristo que foi o originário momento eucarístico, a concretização da vida de Jesus, toda ela dedicada à demonstração do Reino de Deus. a morte e ressurreição de Cristo não é um acidente de percurso ou um acaso que podia não ter acontecido, mas um acontecimento que é pertença exclusiva da Revelação de Deus, é dom do Espírito. a partir desse momento inaugural, que por sua vez tem o seu fundamento na própria vida de Jesus, a Igreja como a entendemos começou a desenvolver-se [principalmente após o martírio de Estevão – em Lucas é a partir deste momento que o termo “’ekklesía” passa a ser utilizado com frequência].
o desenvolvimento da Igreja dá-se num processo de inter-relação com o exterior, numa evolução que sempre foi como um pulsar dinâmico, como se a própria acção em si tivesse vida própria, pois a Igreja é dom do Espírito Santo. aliás todos os conflitos e problemas que surgiram durante a vida da Igreja serão uma ilustração dessa dinâmica viva que é resultado da inspiração e fé no Espírito Santo e em Jesus Cristo, Filho de Deus Pai. o desenvolvimento da Igreja é um processo lento e, como foi referido, conflituoso [por exemplo, a questão da universalidade do cristianismo, que no seu início foi motivo de algum desconforto entre Paulo e Pedro ou mesmo na separação inicial entre a Igreja de Antioquia e a Igreja de Jerusalém], sendo que, é na própria pessoa de Jesus, na sua interpretação, que se encontrou sempre resolução para os problemas que foram surgindo nesse processo evolutivo. o próprio nome do Senhor é chave hermenêutica da origem da Igreja, pois se na sua vida encontramos o pão e vinho que alimenta a vida de comunhão eclesial, é no momento que se torna Cristo que esse alimento se torna eucarístico. é assim que se inicia o cristianismo, Jesus podia ter negado ser o Cristo para se salvar, mas o seu compromisso com a verdade e com a certeza da sua intimidade com o Pai, levou-O a abraçar a cruz. é pelo testemunho da Paixão que se fundou a Igreja e que esta se revela testemunha da Verdade, não por uma estratégia habilidosa ou política – a vitória da Igreja realizou-se sempre naqueles que sofreram pela verdade, nunca os que se acomodaram às circunstâncias para obter êxito ou tranquilidade - a mensagem da Igreja tornou-se digna de fé devido aos que por ela sofreram, à imagem do seu Senhor na Páscoa.
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